O historiógrafo João Ribeiro fez a seguinte apreciação sobre D. Pedro II:
“Simples e modesto, mas sem perda da distinção pessoal. Generoso e desinteressado. Sábio, mas sem afetação. Exemplo de todas as virtudes domésticas. Melhor que a popularidade, granjeou a simpatia respeitosa da multidão. A opinião unânime a respeito do Soberano o fez protótipo das virtudes sociais”.
Ele não via no povo apenas a massa amorfa, em que as parcelas se confundem e se anulam na soma total. Ia além, buscava enxergar no todo o detalhe das fisionomias e a vida dos indivíduos. Sabia a história do País e a história de muitos de seus súditos.
Durante uma audiência pública, um ex-oficial de voluntários entregava um memorial ao Imperador. O Conde d’Eu, que estava presente, aproximou-se e perguntou ao oficial:
— O senhor não é o tenente tal, que serviu em tal batalhão?
O oficial confirmou, trocaram algumas palavras, e a audiência prosseguiu. Depois que este se retirou, o Conde d’Eu comentou com D. Pedro:
— Tenho o orgulho de conhecer todos os oficiais que serviram sob minhas ordens.
— Isto é uma grande coisa. E eu tenho procurado conhecer todos os brasileiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário