Meteorito de Bendegó em fotografia de H. Antunes, tirada em 1887 mostrando o meteorito ainda na margem do riacho Bendegó, com o vice-almirante José Carlos de Carvalho e dos engenheiros Humberto Saraiva Antunes e Vicente José de Carvalho. Ao fundo, tremula a Bandeira do Império do Brasil.
Foi encontrado em 1784 pelo menino Bernardino da Mota Botelho, próximo ao riacho do Bendegó, então município de Monte Santo. Pesando 5 260 quilos, é o maior meteorito já achado em solo brasileiro. Desde 1888, ele está em exposição no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista.
No momento do seu achado, tratava-se do 2º maior meteorito do mundo. Atualmente ocupa o 16º lugar, em tamanho. A julgar pela camada de 435 cm de oxidação sobre a qual ele repousava, e a parte perdida de sua porção inferior, calcula-se que estava no local há milhares de anos.
Em 1886 Dom Pedro II tomou conhecimento da existência do meteorito ao visitar a Academia de Ciências em Paris, e decidiu providenciar sua remoção da caatinga. Criou-se uma comissão de engenheiros sob liderança de José Carlos de Carvalho.
Em 1888, por ocasião do prolongamento da Estrada de Ferro de São Francisco, esta comissão iniciou a segunda tentativa. O transporte da pedra da caatinga para a capital acabou se tornando uma das mais complexas empreitadas do transporte durante o Império.
Chegou ao RJ em 15 de junho de 1888, sendo recebido pela Princesa Dona Isabel, e entregue ao Arsenal de Marinha da Corte.
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