terça-feira, 7 de novembro de 2017

DOM PEDRO II NOS EUA

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"Os diários do imperador mostram o interesse dele em conhecer o que os Estados Unidos estavam produzindo naquele momento. É uma busca por inovações, novidades que seriam aplicáveis no dia a dia do Brasil", afirma Maurício Ferreira Jr.

Segundo o pesquisador: "Ele nos mostra as inovações tecnológicas, as aplicações, os testes, a natureza, as pessoas. Essa viagem mostra a visão de um intelectual, de um cientista amador que quer conhecer essas novidades e pensando na aplicação dessas inovação para seu próprio País".

Passagens da viagem, escritas pelo Imperador Dom Pedro II

25 de junho de 1876 - "O telefone de ( ) 014 não deu perfeito resultado, mas assim mesmo duas pessoas leram – uma quase nada – dois telegramas que mandei ao mesmo tempo – Verity one single. All the sciences conduct to varity – aplicando o ouvido a um dos tubos acústicos (...). Depois examinei com Sir W. Tompson o aparelho 015 elétrico automático e quadrupler, creio eu e finalmente a aplicação que Bell, o mesmo do Instituto dos Surdos-mudos de Boston, fez do princípio de Konig à transmissão dos sons pelo fio elétrico."

18 de junho de 1876 - "Museu de mineralogia e de geologia onde muito folguei de conhecer o professor Marsh que tanto estudou as Rocky-Mountais. Mostrou os ossos de Pterodáctilo dentado e do elefante diferente de primígenos que aí achou. Trago os trabalhos que ele publicou a tal respeito. Na coleção mineralógica há uma amostra rara pela qualidade do mineral e perfeição e grandeza dos cristais de Franklinite. É dos Estados Unidos de onde vi também antimônio puro e mercúrio também puro."

15 de junho de 1876 - "O New York Herald de hoje já publica o que fiz em Boston ontem e só foi sabido depois das 8h."

14 de junho de 1876 - "Depois do almoço fui ao Instituto das Surdos-Mudos da City (Municipalidade). O mais interessante é o grande número dos que falam (processo Bell cujo filho é mestre no Instituto). Traços que imitam as formas dos lábios etc. e forma o sinal cujo som devem articular. Gostei muito deste Instituto."

27 de maio de 1876- "As plantações agradaram-me, os engenhos há melhores no Brasil. Plantam a cana entre 2 regas de arado, que é puxado por cavalos. Dá em 8 a 9 meses; plantam as ressocas e ainda um ano os filhos destas e o ano seguinte esse terreno é plantado de favas corn-peas e milho que renova as qualidades do terreno que no seguinte ano leva cana. Também plantam o milho logo com a cana. As gavinhas das favas faz muito bom feno."

Fonte: Portal Planalto, com informações do Museu Imperial, e da The Library of Congress

FOTO: Capa de Jornal americano dando destaque a visita Imperial.

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