A noção do dever era essencial na vida do Imperador Dom Pedro II. Foi a sua ideia imutável, a de quem cumpre a obrigação e não vê heroísmo nisso. Limitava-se a exigir dos outros igual honestidade. No Trono, nos seus horários de Monarca metódico, no casamento, também foi um cativo de sua missão.
Muitos dos nossos estadistas do Império, para fugir à responsabilidade dos seus atos, tinham por hábito atribuir a si próprios as medidas que o País aplaudia e à Coroa os atos que praticavam em prol do filhotismo, quando repudiados pela opinião pública.
Por ocasião do chamado Gabinete de Conciliação, presidido pelo Marquês de Paraná, a partir de 1853, o Imperador redigiu algumas instruções sob o título de “Ideias Gerais”, onde declarava de maneira formal e definitiva: “O Ministro que se desculpar com o meu nome será demitido.”
- Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, de Leopoldo Bibiano Xavier.
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