Na Armada Imperial Brasileira, o Príncipe Dom Augusto chegou ao posto de 2º Tenente, servindo a bordo da Corveta Niterói, do Couraçado Riachuelo e do Cruzador Barroso, além de exercer o cargo de ajudante de ordens do Almirante Eduardo Wandenkolk.
Em 15/11/1889, o S.A. encontrava-se no oriente, a bordo do Almirante Barroso (que realizava sua 1ª viagem ao redor do mundo) quando um golpe pôs fim ao Império. Entretanto, a tripulação só soube do ocorrido em dezembro. Telegramas de Wandenkolk, agora Ministro do governo provisório, instruíam o descarte das insígnias imperiais e a demissão de Dom Augusto.
A Família Imperial já encontrava-se no exílio, em Portugal, quando Dom Pedro II recebeu o telegrama do Príncipe, enviado de Colombo, no Ceilão: "Sei de tudo. Peço conselho. Saudades a todos." - dizia a mensagem de S.A.. "Sirva ao Brasil. Saudades. Seu avô Pedro." - foi a resposta do Imperador.
S.A. decide não se demitir, mas solicitar uma licença de 2 meses. Em telegrama, o ministro responde à solicitação: "Príncipe peça demissão serviço, concedo licença." Como despedida, a tripulação ofereceu a S.A. um jantar. Emocionado, o mesmo distribuiu seus pertences entre os companheiros.
Meses depois, uniu-se à Família Imperial e permaneceu com o avô até a morte deste, em 1891. Depois, fixou-se em Viena, na Áustria, onde conseguiu permissão do Imperador Francisco José I para incorporar-se à Marinha Austro-Húngara. Tendo realizado os exames, Dom Augusto foi admitido, conforme explicou em carta ao Barão de Estrela, seu procurador no Brasil:
"Passei, como já sabe, meus exames brilhantemente. Como escrevi ao Antônio, resolvi entrar ao serviço de Áustria, visto o Imperador me receber como Príncipe brasileiro, sem que eu tenha de perder os meus direitos de brasileiro..."
Lá alcançaria a patente de Kapitän zur See, equivalente a capitão-de-mar-e-guerra. Ainda teve oportunidade de visitar outros países, onde continuou a ser recebido com honras reservadas a membros da realeza, como em suas visitas a Portugal, onde foi recebido pelo Rei Dom Carlos I, e Inglaterra, onde foi recebido mais de uma vez pela Rainha Vitória.
Com o agravamento dos problemas psiquiátricos de seu irmão, Dom Pedro Augusto, o Príncipe chegou a ser cogitado pelos monarquistas para assumir o Trono do Brasil durante os planos de restauração.
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