A República a população em geral melhores alternativas de vida. Ao contrário, provocava a pauperização pelo acúmulo de novas obrigações e impostos. Nos anos seguintes ao fim da monarquia, imensa parcela da população pobre viu suas condições de existências decaírem e as populações rurais tendiam a responsabilizar o regime republicano pela situação.
Na Bahia, a crise era ainda mais profunda. As rendas produzidas pelas exportações decaíam sem cessar. As elites baianas tentaram suprir essa queda aumentando tributos sobre a população, criando novas taxas e aumentando as existentes. O desequilíbrio financeiro e a própria inflação implicavam no aumento da cobrança de impostos. Portanto aumentava a pressão sobre os municípios e destes sobre a população, agravando ainda mais as desigualdades e a exploração.
Garantida pela constituição de 1891, a autonomia municipal permitia que as elites locais vergassem a população rural empobrecida com novos tributos. Desde 1893 os municípios ficaram autorizados a criarem e a cobrarem novos impostos. O historiador Marco Villa lembra que, para a sofrida massa rual, a República passou a ser sinônimo de miséria, opressão, imposto, fome e morte.
Nos anos de 1890-1900 a arrecadação estadual foram praticamente 50% superior a do quinquênio 1875-1879. Porém, no período caíra significativamente as receitas provinciais provenientes das taxas sobre as exportações. Uma situação que se explica somente a partir dos pesados reajustes dos impostos municipais e estaduais então praticados ou pelo reajuste dos impostos desvalorizados pela inflação.
Quadro: Constituinte republicana de 1891.
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