As regras consuetudinárias do Direito Dinástico impõem que um Príncipe só contraia matrimônio com autorização do Chefe de sua Casa. O Príncipe vê, dessa forma, tolhida sua liberdade num ponto em que qualquer pessoa tem liberdade plena. É, sem dúvida, um sacrifício, e um sacrifício difícil de compreender na perspectiva de quem não é Príncipe. Mas é um sacrifício muito explicável na perspectiva de quem faz do serviço de sua Pátria a razão de ser da própria existência.
É um sacrifício explicável, porque, normalmente, o Chefe da Casa tem uma visão mais abarcativa, e considera os interesses da Dinastia – sempre em ordem ao serviço da Pátria – mais do que os impulsos da sentimentalidade. A necessidade da aprovação prévia para o casamento deve assim ser entendida como um mecanismo de defesa que a própria Dinastia toma para se prevenir contra casamentos que possam por em risco o bom desempenho de sua missão histórica.
- Baseado em trecho do livro “Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira, com Monarca e Poder Moderador eficaz e paternal”, do Prof. Armando Alexandre dos Santos.
Foto: SS.AA.RR. o Príncipe Dom Antonio de Orleans e Bragança, terceiro na linha de sucessão ao Trono, e sua esposa, a Princesa Dona Christine de Ligne de Orleans e Bragança, nascida na Casa Principesca de Ligne, a mais importante da Nobreza do Reino da Bélgica
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