quarta-feira, 1 de novembro de 2017

A PÁTRIA ACIMA DE TUDO


Na hora de se casar, um Príncipe zeloso de seus deveres para com a Pátria não pode, como um particular qualquer habitualmente faz, seguir suas meras preferências sentimentais ou afetivas. Mas precisa considerar com a maior ponderação se aquele casamento é ou não conveniente aos interesses da Pátria. Daquela mesma Pátria que destronou sua Família e, por vezes, até a expulsou de seu território, mas que o Príncipe deve continuar a servir.

As regras consuetudinárias do Direito Dinástico impõem que um Príncipe só contraia matrimônio com autorização do Chefe de sua Casa. O Príncipe vê, dessa forma, tolhida sua liberdade num ponto em que qualquer pessoa tem liberdade plena. É, sem dúvida, um sacrifício, e um sacrifício difícil de compreender na perspectiva de quem não é Príncipe. Mas é um sacrifício muito explicável na perspectiva de quem faz do serviço de sua Pátria a razão de ser da própria existência.

É um sacrifício explicável, porque, normalmente, o Chefe da Casa tem uma visão mais abarcativa, e considera os interesses da Dinastia – sempre em ordem ao serviço da Pátria – mais do que os impulsos da sentimentalidade. A necessidade da aprovação prévia para o casamento deve assim ser entendida como um mecanismo de defesa que a própria Dinastia toma para se prevenir contra casamentos que possam por em risco o bom desempenho de sua missão histórica.

- Baseado em trecho do livro “Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira, com Monarca e Poder Moderador eficaz e paternal”, do Prof. Armando Alexandre dos Santos.

Foto: SS.AA.RR. o Príncipe Dom Antonio de Orleans e Bragança, terceiro na linha de sucessão ao Trono, e sua esposa, a Princesa Dona Christine de Ligne de Orleans e Bragança, nascida na Casa Principesca de Ligne, a mais importante da Nobreza do Reino da Bélgica

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