S.A.I. o Príncipe Dom Luiz de Orleáns e Bragança, Chefe da Casa Imperial
em frente ao Trono Imperial brasileiro
Comando de um partido ou chefia nacional?
Pretende-se no vértice do Estado o delegado de um partido ou de um agrupamento político, mandatário de uma facção de interesses — que é o que resulta de uma votação —ou a personificação do País inteiro, de toda a comunidade nacional?
É indiscutível que um Presidente, porque é eleito, representará apenas uma parcela — o setor maior ou menor dos seus eleitores — e nunca poderá, com algum fundamento, atribuir-se-lhe a representação dos que não quiseram votá-lo e de quantos preferiram os candidatos seus opositores. A procedência eleitoral restringe e limita, automática e expressamente, a função representativa.
O Rei ascendendo ao trono pelo nascimento, não provoca divisões nem lutas de opinião.
Não é candidato. É aceite previamente, sem discussão, sem rivais, porque é único nas suas condições.
Independente das divergências políticas, situa-se acima delas, igual para todos, a todos igualmente representando. Todos estão ao abrigo do poder da Coroa, imparcial, extra-partidário e agregador nacional.
O Poder Real não tem cor política.
Ao contrário, o Poder oriundo de uma eleição fica, ipso facto, vinculado à parte que vencer. É o poder dos vencedores sobre os vencidos.
Por via eleitoral, os vencidos não têm, na realidade, qualquer parte de representação na chefia do Estado.
Mas a representação nacional, em verdade, não se traduz na expressão restrita dos votantes (como é da teoria eleitoral), nem sequer na da população ativa, na transitoriedade de um dado momento da vida da nação.
Uma representação nacional autêntica terá de abranger, para aquém e além do efêmero presente, a herança do passado e a projeção futura, isto é, ajustar-se à personalidade histórica da nação.
E onde está o órgão ou a instituição, pergunta-se, que no Estado Republicano supra neste aspecto a falta da Dinastia?
O Rei, se pela sua função vitalícia já preenche uma geração, anda intrinsecamente ligado, pela ascendência e pela descendência, na extensão do tempo, ao longo evoluir nacional.
A sua história genealógica confunde-se com a história pátria.
Que outra representação da nação se poderá pôr em confronto com esta, verdadeiramente nacional, que nos oferece a Realeza?"
Segundo capítulo de "Razões Reais" de Mário Saraiva.
Pretende-se no vértice do Estado o delegado de um partido ou de um agrupamento político, mandatário de uma facção de interesses — que é o que resulta de uma votação —ou a personificação do País inteiro, de toda a comunidade nacional?
É indiscutível que um Presidente, porque é eleito, representará apenas uma parcela — o setor maior ou menor dos seus eleitores — e nunca poderá, com algum fundamento, atribuir-se-lhe a representação dos que não quiseram votá-lo e de quantos preferiram os candidatos seus opositores. A procedência eleitoral restringe e limita, automática e expressamente, a função representativa.
O Rei ascendendo ao trono pelo nascimento, não provoca divisões nem lutas de opinião.
Não é candidato. É aceite previamente, sem discussão, sem rivais, porque é único nas suas condições.
Independente das divergências políticas, situa-se acima delas, igual para todos, a todos igualmente representando. Todos estão ao abrigo do poder da Coroa, imparcial, extra-partidário e agregador nacional.
O Poder Real não tem cor política.
Ao contrário, o Poder oriundo de uma eleição fica, ipso facto, vinculado à parte que vencer. É o poder dos vencedores sobre os vencidos.
Por via eleitoral, os vencidos não têm, na realidade, qualquer parte de representação na chefia do Estado.
Mas a representação nacional, em verdade, não se traduz na expressão restrita dos votantes (como é da teoria eleitoral), nem sequer na da população ativa, na transitoriedade de um dado momento da vida da nação.
Uma representação nacional autêntica terá de abranger, para aquém e além do efêmero presente, a herança do passado e a projeção futura, isto é, ajustar-se à personalidade histórica da nação.
E onde está o órgão ou a instituição, pergunta-se, que no Estado Republicano supra neste aspecto a falta da Dinastia?
O Rei, se pela sua função vitalícia já preenche uma geração, anda intrinsecamente ligado, pela ascendência e pela descendência, na extensão do tempo, ao longo evoluir nacional.
A sua história genealógica confunde-se com a história pátria.
Que outra representação da nação se poderá pôr em confronto com esta, verdadeiramente nacional, que nos oferece a Realeza?"
Segundo capítulo de "Razões Reais" de Mário Saraiva.
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