CURIOSIDADES SOBRE O MAGNÂNIMO
- Almoçava as 9 da Manhã e jantava as 16h. Comia depressa, o que irritava seus camaristas;
- Na sua dispensa não podia faltar: mangas, laranjas, ananazes, pêssegos, cambucás, limão e coco da Bahia, marmelo, melância, melão e banana. Para os comensais do Palácio: peixe, muito peixe, camarão e ostras;
- Jamais sentava à mesa sem fazer o sinal da cruz antes das refeições. Era educado, polido e dado a cordialidades, mesmo com criados;
- Não admitia distúrbios: "Não admito populaça em ar de ameaças" disse o Imperador na Revolta do Vintém;
- Não cedia em suas convicções. Teimoso na firmeza de suas atitudes;
- Não dava a importância a pratos requintados, preferia a alimentação simples, não dispensava a canja e os bifes «à milanesa»;
- Gostava de Champanha e Vinhos Importados;
- Era adepto da Água de Colónia, todos os meses ganhava um vidro do perfume;
- Comia doces de forma exagerada;
- Jogava bilhar. Lia jornais e conversava com os camaristas e amigos
- Tinha um cacoete: durante uma conversa, sempre intercalava a seguinte frase: "Homem! Eu te digo...";
- Quando passava mal do estômago, usava e abusava do Carbonato de Magnésia, segundo depreende as receitas do seu amigo e médico, o Conde da Mota Maia. Que certa vez prescreveu 240g do aludido carminativo, "aromatizado com hortelã e corado brandamente com carmim";
- Não fumava e nem consentia que fumassem em sua presença, embora o "puro Havana" fosse apreciado pelos comensais do Palácio;
- Era conhecida a sua aversão a cachorrinhos;
- Sabe-se que durante 50 anos nunca, ninguém ouviu sair de sua boca "palavra ofensiva";
- Seus alfaiates eram Durocher, Claudino e Vitório;
- Tinha obsessão em gastos em dinheiro. Mas aconselhava comprar coisas de qualidade, para não se pagar duas vezes. Ao ponto de certa vez criar problemas a Câmara Municipal que recebeu dele a seguinte missiva: "Sua Majestade, faz questão de saber quem pagou as carruagens que levou a Família Imperial, da estação a Cidade. Se foi pago pela Câmara, então Sua Majestade faz questão de devolver o dinheiro...";
FONTES:
- TEIXEIRA, Múcio - O Negro da Quinta Imperial. Ed.Jornal do Brasil, Rio de Janeiro 1927, página 223;
- DELGADO, Alexandre Miranda - O Imperador Magnânimo;
- RIBEIRO, João - História do Brasil, 13ª Edição, Rio de Janeiro, 1921, pagina 235;
- BRAGANÇA, Dom João de Orleans e Bragança, Caderno B, Jornal do Brasil 10 de Maio de 1980;
- MOUTA, Daniel Zumelzu - Memórias e Anotações do Império, 1998;
- FREITAS, Benedicto - Santa Cruz " Fazenda Jesuítica, Real e Imperial" Volume III Império Rio de Janeiro 1987.
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