quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

COROA

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Coroa Imperial do Brasil

O uso de adornos de cabeça para indicar governantes data da pré-história, e pode ser encontrado em diversas civilizações, em diversas épocas. Por vezes, o objeto incorpora pedras e metais preciosos, mas há coroas de plumas (civilizações pré-colombianas) ou mesmo simples fitas apostas à cabeça.

Na Antiguidade Clássica, ofereciam-se coroas a indivíduos de destaque que não eram governantes, por exemplo a generais em triunfo ou a atletas - em geral, uma grinalda ou um diadema em forma de fita.

No Ocidente, a precursora da coroa foi uma fita chamada diadema, usada pelos imperadores persas aquemênidas, adotada em seguida pelo imperador Constantino, e utilizada por todos os imperadores romanos subsequentes.

Na tradição cristã das culturas bizantina e europeia, nas quais a aprovação eclesiástica sanciona o poder monárquico, quando um monarca sobe ao trono, realiza-se uma cerimônia de coroação, em que a coroa é posta sobre a cabeça do novo monarca por um sacerdote.

Os "príncipes da Igreja", os cardeais e mesmo os bispos usam sobre a cabeça, em cerimônias especiais, uma mitra, que é uma forma estilizada da coroa tradicional. Já a tiara papal, a mais nobre das coroas, é atributo exclusivo dos papas.

O imperador Gungunhana, de Moçambique, usava uma coroa feita de cera, um produto de grande valor na região em épocas antigas.

Atualmente, apenas a monarquia britânica pratica a cerimônia de coroação, embora diversos países ainda mantenham coroas (o próprio objeto ou uma representação heráldica) como símbolo nacional.

Nas monarquias, o conceito de coroa pode designar, conforme o caso, o estado ou a casa real.

Terminologia: Há três categorias distintas sobre o uso das coroas ou regalias do Estado

  1. Coroação: usada pelo monarca aos ser coroado (ascensão ao poder);
  2. Estado: usado pelos monarcas em visita a outro Estado;
  3. Coroas de consorte: usado pelas rainhas consortes, posto concedido por protocolo cerimonial.

A coroa é geralmente um emblema da monarquia. O monarca reinante ou itens aprovados por ele. A própria palavra é usada, particularmente em países da Commonwealth, como um nome abstrato para a monarquia em si, como distinto do indivíduo que nele habita.

É empregada na heráldica sob regras estritas, na verdade, algumas monarquias nunca tiveram uma coroa física, apenas uma representação heráldica, como no Reino da Bélgica, onde nunca ocorreu uma coroação, mas sim a "entronização" do Rei, com uniforme de Comandante-em -Chefe das Forças Armadas, faz um juramento solene no parlamento. Nesse caso, o rei não é reconhecido por "direito divino", mas só assume o cargo público hereditariamente no serviço da lei, para que ele, por sua vez emposse todos os membros do "seu" governo.

As coroas são também frequentemente usados ​​como símbolos de status de religioso ou veneração, por divindades (ou a sua representação como uma estátua) ou por seus representantes, por exemplo,
Nossa Senhora das Dores usando uma coroa com um halo rodeada por estrelas ligado a ele, normalmente usado por estátuas da Virgem Maria.

Uma coroa de espinhos foi colocada sobre a cabeça de Jesus Cristo antes de sua crucificação e se tornou um símbolo comum do martírio.

De acordo com a tradição católica a Virgem Maria foi coroada como "Rainha do Céu" depois de sua assunção no céu. Ela é frequentemente retratada com uma coroa, e estátuas Dela em Igrejas e santuários são cerimonialmente coroadas em maio.

O símbolo heráldico de "Três Coroas", em referência aos reis magos, se acredita, assim, ter-se tornado o símbolo do Reino da Suécia, mas também se encaixa na história (pessoal, dinástica) da União de Kalmar (1397 - 1520), entre os três reinos da Dinamarca, Suécia e Noruega. Além de ser a Coroa usada por Papas representando a elevada importância de seu posto, como sucessores do apóstolo São Pedro.

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